Civic ou Fusion: Qual dos Carros Leva a Melhor? Veja Aqui

Escolher entre Civic ou Fusion não é uma tarefa fácil.

Aliás, o Fusion 2017 chegou com preços elevados ao mercado brasileiro, trazendo a nova versão SEL (Fusion 2.0 EcoBoost), custando cerca de R$ 130 mil.

Assim, a Ford abriu uma evidente concorrência com o Honda Civic Touring, com a mesma faixa de preços.

O modelo Civic Touring possui mais prestígio e carisma junto ao público, além de um design mais arrojado.

Vale destacar que os carros da Honda entregam, geralmente, uma posição mais baixa para dirigir, dianteira com aspecto hightech, traseira no formato fastback e faróis em LED.

Fusion ou Civic?

Como você já deve saber, os modelos da Honda são fabricados no Brasil. Tendo passado pelo chamado “processo de tropicalização”, o Civic conta com suspensão e a construção geral apropriadas ao piso brasileiro.

Por sua vez, o Ford Fusion é proveniente do México, sendo fruto de uma fabricação destinada, principalmente, a abastecer o mercado norte-americano.

Dessa forma, a sua suspensão é excessivamente baixa para os nossos padrões, tornando-o um automóvel cansativo, uma vez que raspa facilmente em valetas e lombadas.

Do mesmo modo, o Touring é um carro mais jovial: chegou a menos tempo no mercado e apresenta linhas mais agressivas, esportivas e contemporâneas.

Em síntese, o destaque fica por conta de aspectos como:

• Motor 1.5 Turbo (i-VYTEC);
• 173 cavalos de potência;
• Torque de 22,4 Kgfm;
• Transmissão automática CVT – bastante eficiente, conferindo a opção de troca sequencial das 7 marchas artificiais.

Honda Civic

Com uma ótima relação entre custo e benefício (sobretudo, em relação aos equipamentos), o motor Turbo é articulado a um conjunto mecânico eficiente, com bons níveis de desempenho.

Curiosamente, o Civic já está em sua décima primeira geração.

Confira o breve histórico:

• Primeira geração: de 1972 a 1979, com destaque para as versões raras “Black Edition” e “Orange Edition”;
• Segunda geração: de 1980 a 1983, mais largo e de formato angular, ainda com o motor 1.2;
• Terceira geração: de 1984 a 1987, os modelos “Wagon” e “Hatchback” (de 4 portas) foram fundidos, resultando em um SUV reduzido, batizado de “Wagovan”;
• Quarta geração: de 1988 a 1991, a carroceria ficou maior e o capô mais baixo;
• Quinta geração: de 1992 a 1995, importado nas configurações Targa (VTi, Si e CRX), Coupé (EXS e EX), Sedã (EX e LX) e Hatchback (VTi, LSi e DX);
• Sexta geração: de 1996 a 2000, versões comercializadas no Brasil eram a VTi, a EX, a LX e a LX-B;
• Sétima geração: de 2001 a 2006, vendida como um sedã de quatro portas (motor 16 V 1.7);
• Oitava geração: de 2007 a 2011, o novo motor SOHC foi o divisor de águas do Novo Civic;
• Nona geração: de 2012 a 2016, novidades dos conceitos Coupé e Sedã lançadas no Salão Internacional dos Automóveis (Estados Unidos);
• Décima geração: de 2015 a 2021, baseado em uma plataforma compacta utilizada em todo o mundo pela Honda;
• Décima primeira geração: desde 2021, enquanto modelo atual, serve de parâmetro às avaliações apresentadas neste artigo.

Pontos positivos do Honda Civic

Equipamentos e desempenho

O Civic (principalmente, a linha Touring) é um carro muito bem equipado. De acordo com isso, possui controles de estabilidade e de tração, sensor da pressão de pneus, faróis com projetor, ar condicionado digital, piloto automático e volante multifuncional.

Embora tenha uma quantidade inferior de itens em relação ao concorrente direto, ao levarmos em consideração a relação entre custo e benefício, concluímos que este é um claro ponto positivo do Honda Civic.

Afinal, ele contém um bom conjunto de equipamentos, sendo ligeiramente mais barato que o modelo de sedã mais vendido do mercado. Quanto ao motor (na comparação do Turbo com o Híbrido) o 1.5 da Honda apresenta um desempenho claramente superior.

Visual

Desde o ponto de vista do design, o Honda Civic detém características mais esportivas quando comparadas ao seu rival.

Neste, o modelo apresenta um acabamento excelente, tendo o console central posicionado de forma mais alta e linhas ousadas. Quanto ao seu conjunto, portanto, o automóvel confere aos motoristas uma sensação clara de luxo.

Porta malas

As dimensões totais são bastante semelhantes entre os modelos comparados neste artigo.

Todavia, o Civic entrega cinquenta e cinco litros a mais em seu porta malas. Logo, obtém uma importante vantagem sobre o Ford Fusion neste quesito.

Relação custo-benefício

O modelo Touring é a versão premium da linha de sedãs da Honda. Igualmente, é um veículo bastante completo e refinado, à medida que obtém vantagens comparativas, até mesmo, em relação ao Corolla Altis.

De modo geral, o Touring é, de acordo com os especialistas, cerca de R$ 15 mil mais econômico de que os concorrentes de mesmo patamar. Sob este prisma, fica evidente que os proprietários conseguem uma melhor relação entre custo e benefício.

Pontos negativos do Honda Civic

Consumo

O consumo é um dos principais pontos negativos do Honda Civic. Em termos práticos, ele gasta muito mais combustível do que o Ford Fusion. Dito de outra forma, ele consome cerca de 14,5 km/l.

Painel multimídia

Além do consumo, o Honda Civic conta com painel multimídia bem menos completo e com menores níveis de segurança. A tela (touchscreen) é de apenas sete polegadas.

Seja como for, este item não difere muito do que pode ser encontrado no Ford Fusion 2017.

Segurança

A segurança é um fator de preocupação, por exemplo, para os proprietários do Honda Civic Touring. O modelo conta com apenas seis air bags.

Outro elemento negativo consiste no fato de que este carro recebe má avaliação, principalmente, nos testes de colisão para as crianças.

Ford Fusion

Conforme mencionado, este sedã é produzido no México – fábrica situada na cidade de Hermosillo, capital do estado de Sonora – assim como o Ford Edge.

Originalmente lançado no mercado estadunidense em 2005, com o motor V6 e, a partir de 2006, recebeu o motor Duratec 2.3 (o mesmo que está presente nos modelos EcoSport Mondeo e Focus, mas ampliado).

No mesmo ano de 2006, o Fusion começou a ser vendido em nosso país, no intuito de suceder ao Mondeo. A princípio, as vendas se concentravam na versão SEL (motor 2.3), atingindo grande sucesso comercial dado o preço competitivo.

Aliás, a sua versão híbrida foi o primeiro carro do tipo a ser vendido no mercado brasileiro, tendo sido lançada em 2010. Contudo, uma versão redesenhada passou a ser produzida no ano de 2009, tendo o seu lançamento simultâneo nos Estados Unidos.

A segunda geração do Fusion estreou em 2013 – sendo comercializada, também, no Brasil.

Analogamente, a Ford anunciara a sua descontinuidade para o último trimestre de 2020, porém, a crise desencadeada pela COVID-19 antecipou os planos da montadora, que determinou o final da produção deste modelo no mês de maio daquele ano.

Pontos positivos do Ford Fusion

Tecnologia

A tecnologia presente no modelo 2017, além das alterações estéticas no interior e na traseira, incluem alguns interessantes recursos tecnológicos, como a SYNC 3 (central multimídia) com GPS integrado e capacidade de espelhamento da tela mediante a compatibilidade dos aplicativos Android Auto e Apple Car Play.

Ou seja, as novidades tecnológicas não se limitam a isso, pois existem recursos importantes de assistência para o motorista: sistema frontal de monitoramento (com detecção de pedestres) e um novo sistema de estacionamento.

Ademais, cumpre ressaltar o sistema Start Stop, responsável por desligar o motor automaticamente durante paradas temporárias (recurso exclusivo dos veículos com o motor Turbo 2.0).

Motorização

A motorização do Ford Fusion trouxe novidades na versão Flex 2.5. Trata-se do sistema para a partida a frio (utilizando etanol) sem o obsoleto subtanque auxiliar de gasolina.

A versão EcoBoost Turbo 2.0 chegou ao mercado com o sistema “Start Stop” e um novo turbo, a partir de 2 câmaras internas.

Essa mudança fez a potência subir de 234 cv a 148 cv, ao passo que 95 % de torque máximo (38,2 kgfm) surge a partir de 1.750 rpm.

Desempenho

O Ford Fusion acelera, na tradicional métrica de 0 a 100 km/h, em meros 7,2 segundos. Em termos comparativos, o Honda Civic 1.5 Turbo precisa de 7,7 segundos para fazer o mesmo.

Principalmente, as retomadas do Honda Civic (na métrica de 80 a 120 km/h) são realizadas em 5,4 segundos.

Por seu turno, o Ford Fusion crava 5,2 segundos – uma vantagem relativa, à medida que depende do combustível utilizado.

Design

Em relação à estética, o Ford Fusion 2017 adquiriu uma dianteira nova, apresentando grade com desenho arrojado e controle ativo (para abrir e fechar automaticamente, reduzindo a resistência natural do ar), além de novidades, também, nos faróis de neblina e entrada inferiores.

A parte traseira do Ford Fusion tem uma alteração “cosmética”: lanternas com novos desenhos, interligadas mediante um friso cromado, bem como novas rodas de dezoito polegadas e aerofólio traseiro.

Pontos negativos do Ford Fusion

Câmbio

Tanto o Ford Fusion 2017 quanto a versão EcoBoost possuem o mesmo câmbio automático de 6 marchas, tendo um conversor de torque com manopla giratória, similar à empregada nos modelos Land Rover.

Infelizmente, embora esses aspectos geraram a expectativa, junto ao público, do lançamento de alguma novidade relevante na transmissão, muitos consumidores ficaram frustrados ao perceber que é exatamente igual à presente nos modelos vendidos desde 2013.

Consumo médio

A despeito das diferentes versões lançadas, os motores do Ford Fusion são mantidos. Isso significa que o automóvel segue manifestando os mesmos problemas com o passar do tempo.

Um bom exemplo disso pode ser encontrado na versão SEL (motor Flex 2.5 e quatro cilindros), que continua excessivamente gastadora. Nas estradas, essa situação não melhora muito, com elevados 11,9 km/l (com etanol, são 9,2 km/l).

Enquanto o modelo EcoBoost 2.0 adota uma arquitetura bem mais moderna, oferecendo um desempenho superior, consegue (contanto as atualizações da linha de 2017) ser ligeiramente melhor, em consumo, que o Flex 2.5.

O problema é, justamente, a não existência da tecnologia Flex (uma importante aliada conta os combustíveis de má qualidade que, infelizmente, são comumente vendidos no Brasil.

Os indicadores de consumo do Ford Fusion EcoBoost 2.0, portanto, são de 11,7 km/l em rodovias e 8,6 km/l nas vias urbanas.

Este nível de consumo rendeu ao modelo a indesejada nota “D” do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

Espaço interno

Apesar da existência de novidades no painel e no volante, manopla rotatória de câmbio, bancos com um sistema de refrigeração, GPS integrado ao SYNC 3 e compatibilidade com smartphones (por meio dos apps Android Auto e Apple Car Play), estas alterações não solucionaram o problema de espaço interno.

Curiosamente, a comodidade na cabine “engana” o olhar de quem apenas vê o Ford Fusion do lado de fora: o interior não condiz com suas dimensões externas avantajadas.

Em outras palavras, o Ford Fusion tem uma distância entre eixos de 2,85 m e 4,87 m de comprimento. No entanto, o espaço interno é bem menor em comparação ao novo Honda Civic.

Afinal, qual é o melhor carro: Fusion ou Civic?

Após considerar todos os elementos citados, podemos afirmar que o Honda Civic Touring é bem mais completo.

Tenha em mente que o modelo possui itens de série importantes:

• Faróis de LED com luzes diurnas e acendimento automático;
• Partida por acionamento do botão “Power”;
• Paddle shifts (câmbio semiautomático, também chamado de câmbio robotizado ou câmbio automatizado);
• Sistema SYNC 3 (contendo Android Auto e Google Car Play), com touchscreen de 7 polegadas;
• Partida remota;
• Sistema Start Stop para o desligamento automático de seu motor;
• Bancos em couro;
• Retrovisores eletricamente rebatíveis (há repetidores de setas em LED);
• Ar condicionado automático, possuindo 2 zonas de climatização;
• Entrada HDMI;
• 2 tweeters dianteiros e 2 tweeters traseiros;
• 2 portas USB;
• Painel de instrumentos dotado de tela HD;
• Sistema indicativo de pontos cegos;
• Sensores de estacionamento (traseiro e dianteiro);
• Conjunto ótico dianteiro com faróis de neblina em LED;
• Ajuste elétrico nos bancos dianteiros;
• Sensor de chuva;
• Maçanetas externas cromadas;
• Guarnição das portas dotado de acabamentos em alumínio escovado.

Se você optar pelo teto solar, terá que desembolsar cerca de R$ 5 mil a mais.

Resumidamente, além de ser mais barato, o Civic tem uma ampla gama de itens de série que o tornam mais completo e, principalmente, mais apropriado a um automóvel que se posiciona, junto ao mercado, como “premium”.

Diante deste desafio, a Ford posicionou os preços das versões de acesso do Fusion (linha 2017) EcoBoost 2.0 para enfrentar o top de linha do Touring, qual seja, o modelo com câmbio CVT e motor Turbo 1.5.

Verifique, também, outros aspectos que você considera importantes, incluindo a ficha técnica e os itens de série, além de detalhes como freio de estacionamento, faróis full led, isolamento acústico, peso, potência e pós-venda por exemplo.

Enfim, se essa batalha de veículos foi interessante para você, talvez você goste de ler, também, o comparativo entre Civic ou Focus que fizemos aqui no blog.

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