Saber como refinanciar um veículo pode ser algo muito útil. Principalmente, se você estiver procurando uma modalidade saudável de empréstimo, isto é, mediante taxas mais baixas de juros.
Seja para realizar projetos pessoais, quitar dívidas, custear estudos, viajar ou abrir um negócio, ter acesso a crédito de qualidade, certamente, fará toda a diferença para equilibrar as suas finanças.
Pensando nisso, apresentamos, ao longo deste artigo, as principais informações para que você tenha como refinanciar um veículo e entender melhor o funcionamento desse tipo de empréstimo. Boa leitura!
O que é o refinanciamento de veículos?
Trata-se de uma forma que as instituições financeiras utilizam para conceder crédito. No refinanciamento de veículos, o carro serve como a garantia de que as operações serão quitadas.
Dessa forma, podemos entender o refinanciamento de um veículo como uma das possibilidades de empréstimos garantidos, permitindo, assim, que o crédito seja oferecido com juros menores – uma vez que o bem (no caso, o automóvel) é atrelado ao negócio.
Dito de outra forma, o seu carro pode ajudá-lo a obter recursos que podem ser usados como você precisar ou quiser.
Por essa razão, os especialistas classificam o refinanciamento de veículo como uma das mais saudáveis linhas de crédito do mercado.
Outro benefício de refinanciar um veículo pode ser encontrado no fato de que não é preciso deixar de usar o carro que lastreará o contrato.
Mesmo assim, muitos indivíduos podem se sentir inseguros ao deixarem suas propriedades como garantia na contratação de crédito.
Como funciona?
O funcionamento é uma das principais dúvidas que surgem quando as pessoas decidem levar em consideração a possibilidade de usar um veículo para realizar projetos ou quitar dívidas.
Por esse motivo, abordamos as regras elementares dessa modalidade a seguir.
O veículo permanece vinculado ao nome do proprietário
Os tomadores de crédito, ao fazerem o refinanciamento de seus veículos, ficam com os carros alienados à instituição financeira que decidiu conceder a quantia pelo período total de contrato.
Ou seja, se você realizou um empréstimo que deverá ser pago em sessenta meses, apenas depois que esse prazo se esgotar, o automóvel deixará de estar condicionado diretamente à quitação do crédito.
Em outras palavras, o mais relevante é que, a despeito da alienação, a documentação continuará em seu nome, de modo que poderá usando o seu bem normalmente todos os dias.
Lembre-se de que alienar não é o mesmo que entregar o veículo à instituição financeira.
Nesse tipo de contratação, o bem serve, apenas, como garantia – ele somente será capturado pelo credor se houver inadimplência em relação ao acordo financeiro estabelecido entre as partes.
O valor de mercado determina o crédito
Para entender como o crédito funciona, a regra é bem fácil: quanto mais novo for o automóvel, tanto maior serão os valores alcançáveis para o seu empréstimo.
Afinal de contas, a garantia que você oferecerá em troca será valiosa, podendo ser convertida em dinheiro se, porventura, as parcelas não forem pagas.
De modo geral, as quantias máximas variam de uma instituição financeira para a outra.
Mas, há empresas que chegam a refinanciar noventa por cento ou, até mesmo, cem por cento do veículo. A avaliação do automóvel, evidentemente, deve seguir os valores de mercado apontados nas tabelas Fipe ou Molicar.
Veículos com até dez anos de fabricação
Os automóveis com até 10 anos de fabricação podem, geralmente, ser utilizados como garantia. Isso é valido para qualquer modelo, porém, os mais antigos que isso não são, geralmente, elegíveis ao empréstimo.
Entretanto, existem instituições financeiras que aceitam carros mais velhos – até cerca de quinze anos. Para tirar a dúvida, é altamente recomendável fazer uma consulta direta à instituição financeira que concederá o crédito.
Prazo mais longo
O período máximo para a quitação de um refinanciamento de veículo pode variar segundo a instituição financeira escolhida para efetuar o empréstimo. No entanto, algumas tendem a oferecer a opção de pagamento em até sessenta meses.
Como Refinanciar Um Veículo?
Neste ponto, é provável que você esteja se perguntando: “afinal, como proceder para fazer o refinanciamento do meu veículo ou qual o próximo passo para ter esses recursos em mãos?”
Para ajudar você, elencamos, na sequência, os documentos que são exigidos pela maior parte das instituições, bem como o funcionamento do processo de contratação.
Vale ressaltar que essa documentação pode ser facilmente levantada, à medida que é muito utilizada no cotidiano.
Vamos, então, entender como refinanciar um veículo?
- Comprovante de residência;
- Comprovante de renda;
- DUT (Documento Único de Transferência) do seu veículo;
- CRV (Certificado de Registro do Veículo);
- Carteira de Habilitação (CNH) ou CPF e RG.
Quanto ao processo, ele é realizado em 4 etapas:
- Solicitação: você pode realizar uma simulação de empréstimo diretamente no endereço eletrônico da instituição escolhida;
- Análise de crédito: avaliação da sua situação financeira atual, visando assegurar as condições necessárias para arcar com todas as parcelas;
- Vistoria do veículo e análise jurídica: os documentos do solicitante passam por triagem e verificação;
- Assinatura do contrato: após as etapas precedentes, o documento para a formalização desse empréstimo é liberado para a assinatura.
Taxa de juros
Para efetuar o refinanciamento de um veículo, os juros tendem, conforme mencionado, a variar de acordo com a instituição financeira.
As taxas dependem, também, do score dos clientes – avaliações do nível de risco do não pagamento de um consumidor, a partir da análise de seu histórico.
Outros elementos que influenciam diretamente na taxa de juros são os prazos escolhidos pelos clientes e o ano de fabricação do automóvel.
Nessa linha de empréstimo, os contratos, geralmente, adicionam outros custos.
Dentre eles, destacam-se a “Taxa para Abertura de Crédito” (TAC) e o “Imposto Operacional do Crédito” (IOC). Ambos são cobrados em quaisquer aberturas de crédito.
O refinanciamento de um veículo continua, apesar dessas cobranças, sendo tido como uma das linhas mais baratas e vantajosas, especialmente, para as pessoas que desejam fazer um empréstimo.
Condições de pagamento
As condições de pagamento também são variáveis. Isto é, tudo dependerá da instituição financeira escolhida para celebrar o seu acordo de empréstimo.
À medida que isso representa um diferencial, é indicado avaliar, com cautela, as opções disponibilizadas no mercado.
Há empresas que oferecem, inclusive, carência de sessenta dias para os clientes efetuarem o pagamento de sua primeira parcela.
Essa medida pode ser uma forma válida para aliviar as suas contas, sobretudo, em momentos de dificuldade ou endividamento.
Outra possibilidade que merece atenção é a antecipação de parcelas, uma vez que o refinanciamento do veículo funciona como um “Crédito Direto ao Consumidor” (CDC).
Ao fazer isso, você pode obter um bom desconto nos jutos, a fim de quitar o empréstimo com mais rapidez.
Veículo financiado como garantia em um novo empréstimo
Os veículos financiados podem servir como garantia para a celebração de um novo acordo de empréstimo, embora muitos pensem que essa operação não é possível.
Tenha em mente que, sempre que um carro é adquirido mediante financiamento, este bem está alienado “automaticamente” para a instituição que concedeu o referido crédito.
Ou seja, embora os documentos do veículo estejam no nome do motorista (ou da pessoa que, na prática, paga pelo veículo financiado), este deterá apenas a sua posse no momento em que todas as parcelas estiverem quitadas.
Semelhantemente, celebrar empréstimo com a garantia de um veículo alienado implica na solicitação de um refinanciamento dessa dívida, oferecendo, como garantia, o próprio carro – mesmo antes que ele se encontre totalmente pago.
Nessa situação, uma parte do novo crédito concedido será utilizado para arcar com os custos restantes da dívida contraída com a primeira organização.
Enquanto isso, a outra parte será destinada ao proprietário do bem, que poderá utilizar o recurso do modo que desejar.
Mas, atenção: o veículo, em si, permanecerá alienado. A diferença é que, a partir deste refinanciamento, a nova instituição (a concedente do crédito atual) será a beneficiária dessa alienação.
Principais riscos
Entre os riscos desse tipo de refinanciamento, o que mais preocupa as pessoas é a possibilidade de perder o carro.
Porém, isso só ocorre quando há inadimplência, isto é, quando o indivíduo não paga em dia as parcelas acordadas.
As instituições que concedem o crédito utilizando o veículo como forma de garantia visam receber os valores correspondentes, ou seja, elas não almejam tomar os carros de seus clientes – tais operações são burocráticas e custosas.
Se um boleto atrasar o automóvel não será imediatamente requerido.
Em primeiro lugar, a organização que concedeu o referido crédito deverá entrar em contato com seu cliente, a fim de compreender o que ocorreu e, a seguir, buscar a regularização do pagamento.
Por outro lado, assim que as possibilidades de negociação se esgotarem, será emitido um comunicado para oficializar o início de um processo de retomada do veículo.
No entanto, você deve ter medo ou se preocupar ao considerar esse refinanciamento.
Em termos práticos, se você celebrar o acordo com uma empresa confiável, terá à sua disposição consultores especializados que analisarão o seu caso, fazendo a melhor proposta possível.
Venda de veículo usado
Você pode utilizar o seu automóvel utilizado como garantia. Na realidade, pode usá-lo como quiser – ainda que não tenha finalizado os pagamentos do empréstimo.
Tenha em mente que o veículo usado como garantia (ou “refinanciado”), permanece sob o status de alienação fiduciária.
Porém, a posse direta é vinculada ao proprietário, isto é, o dono pode continuar usufruindo normalmente da propriedade, só que, para comercializar o bem enquanto não quita o empréstimo, é imprescindível pagar a dívida restante.
Refinanciamento com nome “sujo”
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Quase todas as instituições financeiras demandam que o nome da pessoa que tomará o crédito esteja “limpo”.
Ao mesmo tempo, existe a possibilidade de fazer o refinanciamento do seu veículo se você estiver “negativado”.
O aspecto restritivo de estar nessa situação e, mesmo assim, solicitar o empréstimo é que, certamente, os juros serão mais altos.
Desde a perspectiva da instituição, isso se justifica pelo fato de que haverá maiores chances de que os clientes com essa qualificação deixem de pagar por esse novo empréstimo.
A princípio, os juros se elevam porque os riscos das operações aumentam. Essa é a chamada “lógica do mercado”, pelo menos, no que tange à concessão de crédito.
Por último, mesmo para o consumidor negativado, é possível acessar menores taxas em um empréstimo – desde que o veículo seja dado como garantia.
Sendo assim, você não deve negligenciar essa possibilidade, considerando que estar com o nome negativado o prejudicará.
Ao avaliar a tomada de empréstimo, é de suma importância avaliar todas as ofertas, dos diversos produtos, comparando-as para definir quais podem contribuir para atender as suas necessidades ou os seus planos de superar as dívidas.
Quando solicitar o refinanciamento?
A contratação de crédito envolve várias escolhas. De tal sorte que é aconselhável ponderar sobre os fatores negativos e positivos envolvidos.
Ademais, é crucial considerar o momento financeiro vivenciado por você, a fim de definir se, de fato, está pronto para começar novos projetos.
Analogamente, quem solicita crédito, tende a fazer isso pensando em acabar, finalmente, com as suas dívidas ou realizar grandes sonhos. Essa é a chance para deixar de adiar e, consequentemente, concretizar os seus planos.
Todavia, faça um bom planejamento, assegurando-se de que será capaz de, futuramente, quitar o empréstimo contratado.
Pesquise a respeito das modalidades disponíveis, optando pela que se mostrar mais adequada às suas necessidades e realidade orçamentária.
Nesse sentido, fechar um bom negócio é importante para não aumentar o montante de dívidas (caso as tenha) e/ou entrar no “vermelho”.
Por fim, o crédito deve representar a solução dos seus problemas – e nunca a criação de novas dificuldades.
Como refinanciar um veículo: escolhendo o banco
Se você chegou até aqui, já entende melhor como funciona essa modalidade de crédito, não é mesmo? Posteriormente, a escolha do banco para a contratação do seu empréstimo passa a ser prioritária.
Como as taxas mudam conforme a instituição financeira, o melhor a fazer é encontrar, pelo menos, 3 empresas que refinanciam veículo e avaliar as taxas de juros praticadas e o CET (Custo Efetivo Total) de cada uma delas.
No passado, as opções se restringiam aos bancos. Porém, a maioria não libera empréstimos quando o veículo ainda não foi totalmente financiado.
Portanto, você terá duas alternativas viáveis na hora de decidir como refinanciar um veículo e escolher a instituição: encontrar um banco que aceite refinanciar um carro alienado ou recorrer a fintechs – companhias de tecnologia que se especializam em finanças e, adicionalmente, fornecem crédito.
Olá, sou Hianca! Sou bacharel em Direito e redatora. Meu interesse por carros começou desde cedo, pois eu cresci com a curiosidade de uma criança que via seu avô consertá-los. Na graduação, tive a oportunidade de explorar um outro ponto de vista deste universo: a legislação de trânsito. Esta conexão já me rendeu bons temas!