HB20 ou Fiesta: Qual Ganha? Qual Comprar? Compare Aqui

Para escolher entre o HB20 ou Fiesta, é necessário considerar os mais diferentes aspectos.

A Hyundai Brasil e a Ford garantem duas máquinas de excelente qualidade, mas, na hora de comparar modelos (como o New Fiesta 1.6 e o HB20 Premium), várias pessoas ficam em dúvida sobre qual o melhor carro para suas necessidades.

Por exemplo, a versão hatch do modelo da Ford já se consolidou, no mercado brasileiro, como um dos mais vendidos entre os automóveis com motores 1.6.

Logo após, é preciso ressaltar que os resultados de vendas do HB20 são superiores.

Porém considerando apenas o segmento 1.6, ambos os modelos apresentam, assim como o Peugeot 208 – alta demanda por suas versões automáticas.

Pensando nisso, apresentamos, ao longo deste artigo, os principais elementos que caracterizam tanto o HB20 quanto o Ford New Fiesta SE, a fim de ajudar a você a tomar uma decisão de compra bem informada.

Boa leitura!

 

HB20 ou Fiesta: estilo e concepção dos modelos

O nome “Fiesta” é bastante longevo na Ford. De fato, a montadora começou a produzir este modelo há quase meio século, aplicando transformações significativas até chegar à geração atual.

Ainda assim, o Ford Fiesta estreou no mercado brasileiro em 1995, com a importação dos veículos de sua terceira geração, tornando-se nacional – já na quarta geração – no ano de 1996. A fábrica de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, começou a operar dois anos depois.

Mais recente, o Hyundai HB20 foi lançado em 2012, com o seu desenvolvimento focado em atender ao mercado nacional, sendo reestilizado posteriormente.

Ambos os modelos são considerados os mais atraentes de seu segmento, a despeito de apresentarem escolas diferentes de estilo.

Analogamente, o Hyundai HB20 abusa de arestas e vincos, uma tendência da marca sul coreana que vem sendo atenuada nas reestilizações.

O New Fiesta S 1.5 é mais suave, embora cometa, também, alguns excessos estéticos, tais como a frente “bicuda” implementada para alojar a nova grade em 2013.

Primeiramente, cumpre ressaltar que, mesmo após quase uma década de sua apresentação europeia, esta versão do New Fiesta não parece envelhecida.

Afinal, há princípios atuais presentes, tais como uma linha cintura ascendente em direção à traseira.

O Cx (Coeficiente Aerodinâmico) divulgado traz um empate técnico: 0,332 no New Fiesta e 0,33 no Hyundai HB20. Estes valores são adequados, segundo especialistas, para o porte destes veículos.

A princípio, surpreende o fato de que os vãos da carroceria são muito similares, mostrando-se adequado tanto em uniformidade e largura. A exceção fica por conta da junção do capô às colunas dianteiras do New Fiesta.

HB20 ou Fiesta: conveniência e conforto

A parte interna do Hyundai HB20 agrada à maioria dos consumidores, mesmo sem ser luxuosa.

Provavelmente, isso ocorre devido ao aspecto dos plásticos – elemento que, no New Fiesta, é mais simples.

Na realidade, o modelo da Ford utiliza cobertura do painel com uma textura diferente da encontrada nos painéis de porta e na parte inferior, o que transmite um certo ar de “improviso”.

Similarmente, esta vantagem é acentuada pelos revestimentos em couro marrom (item opcional) da versão Premium, que traz um ar mais sofisticado e distinto ao interior, fugindo ao lugar-comum da tonalidade escura presente na versão Titanium.

Contudo, essa abordagem poderia se estender, também, aos painéis das portas traseiras e, ainda, à tampa do porta luvas.

Os condutores encontram boa posição para a direção em ambos os carros, com pedais devidamente posicionados, ajustes de distância do volante e altura do banco.

Porém, há certas restrições: no Ford Fiesta, o assento não proporciona um bom apoio para as pernas; no Hyundai HB20 1.6 Premium, o encosto é excessivamente duro, assemelhando-se a uma tábua.

Os volantes – de quatro raios no HB20 1.0 e de três no Fiesta – são bem desenhados, contando com apoio adequado para o pé esquerdo.

Antes de mais nada, os consumidores encontram quadros de instrumentos bastante simples e funcionais, incluindo termômetro do motor e computador de bordo (que só possui 1 medição).

O sistema Blue Media (opcional na versão Premium do Hyundai HB20 1.6 Comfort Plus) oferece uma interface muito superior, com touchscreen de 7 polegadas, facilitando a utilização das funções de áudio e espelhamento da tela do smartphone pelo sistema Car Link e Car Play (Apple), compatíveis com muitos dispositivos Samsung e LG.

Por meio desta tela, o motorista pode comandar as funções do telefone e usar aplicativos variados, como os de navegação e de música.

O Ford Fiesta, por outro lado, tem uma operação mais complicada, com botões que levam o usuário a passar por infindáveis menus ao navegar nas pastas de seu pendrive.

De modo geral, a tela de 4,2 polegadas monocromática é considerada ultrapassada.

A única ligação com o smartphone é a interface via Bluetooth. Vale ressaltar que as conexões “Auxiliar” e “USB” constam nos dois veículos.

HB20 ou Fiesta: principais recursos

Recursos em comum incluem:

• Alertas gerais para portas mal fechadas (incluindo porta malas) e faróis;
• Ar condicionado com controle automático;
• Volantes revestidos em couro;
• Sensores de estacionamento (com mostradores gráficos no Fiesta) na parte traseira;
• Mostradores de temperatura externa;
• Luzes de leituras dianteiras (na parte traseira, ambos possuem apenas luz geral);
• Comandos a distância para fechar e abrir os carros;
• Espaços razoáveis para objetos pequenos.
• Controles elétricos de vidros (função “um toque”).

As vantagens do Ford Fiesta são mais evidentes em itens como:

• Destravamento da tampa do tanque junto às portas – o que é mais prático, para o motorista, do que acionar uma alavanca, como no HB20;
• Retrovisor interno fotocrômico;
• Limpador automático de para brisa;
• Controlador de velocidade;
• Chave presencial para a partida do motor;
• Chave presencial para o acesso;
• Assistente de saídas em rampa;
• Alarme antifurto volumétrico, dotado de proteção com ultrassom.

Em contrapartida, o Hyundai HB20 possui:

• Rebatimento elétrico nos retrovisores externos;
• Porta óculos no teto;
• Tampa para as conexões de áudio no porta objetos (tenha em mente que os dispositivos, no Fiesta, ficam à vista);
• Iluminação junto ao espelho do para-sol;
• Cinzeiro;
• Bolsa para revistas disponíveis nos dois encostos dianteiros (no Ford Fiesta, isso só existe do lado direito);
• Três alças de teto.

HB20 ou Fiesta: mecânica e segurança

Há dois recursos (independentemente de câmbio manual ou câmbio automático) comuns à nova geração dos motores – injeção direta e turbo – que entregam excelentes resultados ao Ford Fiesta.

Assim, o modelo atinge uma potência semelhante à do Hyundai HB20, superando-o amplamente em relação ao torque sob baixa rotação.

Vale mencionar que, só com gasolina, o Fiesta apresenta 17,3 mkgf (até 4.500 rotações por minuto) e cento e vinte e cinco cavalos de potência.

Em comparação, o HB20 proporciona 16 mkgf (até 4.500 rotações por minuto) e cento e vinte e dois cavalos de potência – também com gasolina.

Ao passo que, com álcool, o Hyundai HB20 atinge o torque de 16,5 mkgf (a 5.000 rotações por minuto) e cento e vinte e oito cavalos de potência, os consumidores devem, sempre que possível, comparar estes índices antes de se decidirem pela compra.

O Ford Fiesta possui uma turbina que transmite, aos motoristas, a sensação de estar sempre “cheia” em suas respostas imediatas.

Esse aspecto torna a direção do Fiesta bastante agradável, empolgando muitos proprietários, tanto em rodovias quanto no trânsito urbano.

Embora possua cerca de cento e sete quilos a mais, há uma grande vantagem em termos de agilidade sobre o concorrente.

De fato, o Hyundai HB20 exige giros bem mais altos, mostrando-se um tanto “vazio” em faixas média e baixa, lidando com perda de potência na altitude – o que é evitado pelo motor turbo.

Portanto, o desempenho mecânico do Ford Fiesta é superior. A aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, é completada em 9,6 segundos. O mesmo indicador, no Hyundai HB20, necessita de 11,4 segundos para ser alcançado.

HB20 ou Fiesta: motor

De acordo com os testes realizados pelos especialistas, as retomadas de ambos os modelos podem ser consideradas rápidas.

Felizmente, este ímpeto não compromete o consumo de combustível: nos trajetos rodoviários, por exemplo, o Ford Fiesta atinge a marca de 14 km/l, deixando para trás os índices de 11,4 km/l na estrada do Hyundai HB20.

No entanto, se engana quem pensa que o 3 cilindros do Fiesta são mais incômodos do que os 4 cilindros do HB20 pelas vibrações.

No modelo da Ford, além do característico ruído abaixo de 2.000 rotações por minuto – que dá a sensação de que as rotações são insuficientes, os motoristas notam, apenas, uma leve oscilação típica nessa configuração.

Dentro das faixas mais habituais de utilização, o motor é silencioso e mais suave do que o Hyundai, que tende a produzir uma aspereza inconveniente a partir das 4.000 rotações por minutos.

Mesmo assim, há ruídos que incomodem no Fiesta, sobretudo, quando o carro opera em velocidades de viagem.

Uma calibração eletrônica no acelerador do Hyundai HB20 poderia solucionar boa parte dessas questões.

Como é de praxe na montadora sul-coreana, a borboleta da aceleração fica demasiadamente aberta, mesmo com pouca abertura no pedal, visando transmitir uma sensação de boa performance aos condutores.

Pouco antes, a resposta em saídas se torna abrupta, comprometendo a condução suave ou a sua utilização em baixas velocidades (algo comum em estacionamentos).

Nas rodovias, qualquer pressão adicional junto ao acelerador causa redução da caixa automática.

HB20 ou Fiesta: desempenho e consumo

Nas pistas de testes, o Ford Fiesta tem se mostrado claramente mais rápido, acelerando de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos – 1,8 segundo a menos do que o Hyundai HB20.

A vitória segue consistente, também, nas retomadas, a despeito da existência de alguma lentidão da transmissão, abrindo todo o acelerador nas reduções.

Tal superioridade parece estranha diante do peso maior do Ford Fiesta. Contudo, há explicações razoáveis.

A primeira: motores turbo são capazes de manter a sua potência declarada em regiões de pista, isto é, seiscentos metros em relação ao nível do mar.

Por outro lado, o aspirado tende a perder com esta altitude (tenha em mente que os fabricantes corrigem os resultados tendo em vista esse parâmetro).

Ainda mais importante: a diferença entre o carro Hyundai HB20 e o Ford Fiesta, na prática, excede a marca dos três cavalos de potência (hp) previstos com gasolina.

Em segundo lugar, o torque máximo do Fiesta é de 1.400 rotações por minuto (rpm).

Para obter o pico de torque, o HB20 necessita de 4.500 rotações por minuto (rpm).

Acima de tudo, isso indica uma potência mais elevada no Ford Fiesta, estendendo-se por toda a sua faixa média – estado no qual os motores permanecem ao longo da maior parte das medições.

A terceira explicação pode ser encontrada no fato amplamente reconhecido de que estes modelos (turbo) tendem a operar, frequentemente, com um aumento temporário de pressão da superalimentação (“overboost”).

Esse fenômeno pode fazer a diferença em termos de potência e de torque nas provas de desempenho. Infelizmente, porém, a Ford costuma ser evasiva a esse respeito.

Por fim, é necessário considerar que as trochas de marchas automáticas no modo manual do Fiesta, ou seja, entre 6.300 rotações por minuto (rpm) e 6.500 rotações por minuto (rpm) ocasionam um melhor uso da potência em comparação às trocas do Hyundai HB20 (de 6.000 rotações por minuto a 6.200 rotações por minuto).

Apesar disso, o motor demora mais a recompor o fôlego após cada mudança. Em ambos os modelos, é fácil arrancar forte sem, para tanto, perder a tração.

Isso pode ser feito tanto a partir da aceleração com estol (freio pressionado) quanto na liberação do freio e posterior aceleração a pleno.

No primeiro cenário, o Ford Fiesta permite 2.800 rotações por minuto, ao passo que o Hyundai HB20 entrega apenas 2.250 rotações por minuto.

Os especialistas notam uma ligeira melhora no Hyundai HB20 com a utilização de estol. Por seu turno, o HB20 não apresenta diferenças significativas quanto ao método escolhido.

Desse modo, o Ford Fiesta é capaz de percorrer maiores distância com menos combustível.

Em um trajeto urbano leve, por exemplo, atinge a marca de 15,6 km/l na cidade (quase 30% acima do concorrente – ambos com gasolina) e 14 km/l em trechos rodoviários (rendimento 23% melhor), comprovando a superioridade do motor Ford.

Como resultado, os diferentes desempenhos de cada carro podem ser atribuídos, em parte, à transmissão automática, um recurso que, desde um ponto de vista energético, é mais eficiente do que a transmissão automática do HB20.

Porém, o regime com o carro em sexta marcha é um pouco inferior no Hyundai HB20, de tal sorte que o Ford Fiesta pode ir bem mais longe usando as mesmas quantidades de combustíveis.

HB20 ou Fiesta: qual comprar?

Se você prioriza a suavidade na transmissão automática, um sistema de áudio prático de operar e atualizado, um interior mais confortável ou, simplesmente, deseja pagar menos, o HB20 é a melhor opção.

Todavia, é evidente que o Ford Fiesta entrega muito mais em termos de atributos mecânicos, como a excelência do motor (tanto em economia quanto em desempenho), calibração mais apurada da suspensão, direção e, inclusive, o acelerador.

Até mesmo os detalhes fazem a diferença para garantir o prazer de dirigir.

Nesse meio tempo, as qualidades supracitadas somadas aos equipamentos exclusivos fazem com que eventuais custos adicionais sejam justificados, de modo que o Ford Fiesta passa a ser a escolha mais coerente.

E na batalha Fiesta vs. Fox, quem será que ganha? Confira em nosso comparativo.

Quer mais batalhas? É pra já! Veja, aqui no blog, o duelo entre Sandero ou Fiesta para descobrir qual é o melhor.

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